"No meu tempo isto não era nada assim!..."

06-02-2015 20:49

“NO MEU TEMPO ISTO NÃO ERA NADA ASSIM!…”

“NO MEU TEMPO ISTO NÃO ERA NADA ASSIM!…”
Uma questão de currículo, uma transição nada fácil a partir da expressão mais em voga: “No meu tempo isto não era nada assim!” até à expressão ainda em questão: “No meu tempo, isto não vai ser nada assim!”… Existe um currículo que consiga dar resposta a estas duas questões sem criar “gaps” e antagonismos sociais quase geradores de crimes de “faca e alguidar” como tem vindo a ser habitual entre diferentes gerações na sociedade humana? Ou será que isto é apenas aquele fenómeno que vulgarmente dá pelo nome de progresso ou vida (ao qual muitos chamam nomes tal como “andar para trás”, só porque no tempo deles isto não era nada assim, “e não era mesmo”)? Talvez apenas uma questão nada simples: Quem ensina quem? Quem aprende com quem? Uma questão de “poder” do conhecimento ou outro…! Quem se atreve a admitir que tem dificuldade em viver neste tempo pois já não era nada assim no seu tempo? Quem se atreve a admitir que “aprende” muita coisa com os jovens deste tempo e apesar dos apesares? Quem se atreve a admitir que a maioria dos jovens e crianças sabe mais de “tecnologias” e outras coisas do que os seus pais e avós e…? Como se passa de uma sociedade onde o poder está nas mãos de pessoas que “conhecem” menos do futuro do que “aqueles mais novos” que estão agora nas escolas? Quem precisa de ajuda de quem para viver este presente/futuro? Quem está mais assustado com todas estas mudanças: quem nunca teve poder e (agora o tem sem saber) ou quem sempre esteve no poder e agora tem de o partilhar? Será que educação é uma questão de poder? Qual o currículo que responde a questões como esta? Ou será que em educação precisamos de mais perguntas e não de respostas? Ou precisamos de partilhar cada vez mais conhecimentos e informação e… todos com todos? Todos precisamos de aprender e todos temos de ensinar? Quem é o professor e quem são os alunos? Onde está a identidade de cada um destes seres da sociedade? Será que apenas tememos uma “perda de identidade”? Quem somos nós agora? O que é que nos torna “nós”? Os estatutos sociais estão a mudar? Quem quer mudar de estatuto social? Quem quer mudar de sociedade? Que futuro é este que ameaça desta forma o “poder” do estatuto social? Quem permite que isto aconteça? O currículo nunca irá mudar assim, porque o “poder” não deixa? Ou será que teremos de passar a viver numa sociedade “partilhada”? Um “poder” partilhado, cada um terá de tomar responsabilidade pelas decisões que toma e não poderá fazer “greves nem manifestações” a não ser que seja contra si próprio, contra as suas próprias decisões? Será que isto resolvia este e outros “problemas” da atual sociedade em que vivemos? Que revolução é esta que se está a iniciar sorrateiramente sem quase darmos por ela? Será o tal “choque” a que Alvin Toffler se referia? Mas não lhe chamaríamos “choque do futuro” porque está agora mesmo aqui, no presente! Já é o “choque do presente com o passado que se quer tornar futuro” – mas não consegue, não deixam. Mas porque é que nós vivemos no século 21, não seria melhor voltar atrás e viver no século 20? Esta é a questão que se coloca com a expressão “No meu tempo isto não era nada assim!”. E não adianta querer isso, nada vai ser como antes, com ou sem currículos destes ou doutros. A “revolução”, a “onda” está em marcha, nada a poderá deter, não é com a proibição ao acesso de tecnologias nas escolas que lá chegaremos. Se não queremos que a “onda” nos leve teremos de aprender a “surfá-la”! Mas rápido, talvez já seja tarde demais para isso! Incluir no currículo, um currículo para toda a vida… a escola não vai ser aprender e fazer o teste, receber o diploma e já está. Não sei se haverá diploma para isto, diploma para a mudança! Os alunos de hoje precisam de um diploma para isso ou somos nós que temos de ir tirar um diploma sobre isso? Como é que isso se faz? Quem de nós sabe como funciona um smartphone, quer dizer como se faz e como se programa e etc? Não adianta dizer, não compro isso ao meu filho, nesta escola são proibidos telemóveis, só estamos a adiar o inevitável! Criar um currículo que use essas coisas e nos ensine a todos a usá-las e a aprender a aprender a usar coisas dessas e doutras que estão sempre a mudar! Talvez! Talvez apenas esteja a acontecer com o currículo o que está acontecer com os programas do “Windows” ou outros… Esta semana sai o Windows 8 e para a semana já sai o Windows 9 e por aí fora? Como “resolver” currículos destes? Como criar um currículo que “ninguém” deixa mudar porque no seu tempo não era nada assim? Como fazer um currículo que não “ameace” o poder vigente? Como conseguir um currículo que prepare para o futuro, quando se recusa a sair do passado? O que é que no currículo se terá de manter e o que terá de mudar sem “ameaçar” ninguém (quer dizer neste momento e com este currículo quem está ameaçado são os alunos e o nosso futuro…somos todos”)? Como fazer um currículo que se adapte à mudança, que mude com o tempo (à velocidade da luz) naquilo que é necessário mudar e ao qual todos tomem como natural essa mudança? Como ensinar a mudar sem “revolucionar”? Será isso possível? Ou será que não é necessário currículo nenhum, será que necessitamos de um novo sistema? Como? Qual? Em que moldes (ou sem moldes)? Tudo isto é natural, é a vida, é a mudança ou somos nós que estamos a complicar e tudo pode ficar como estava e está o caso resolvido?… Ideias precisam-se? Ajuda precisa-se? De todos e para todos! Como é que os jovens e crianças se “adaptam” tão bem a estas novas “mudanças” e tecnologias e aprendem-nas sem serem ensinados e como é que nós professores e pais passamos o tempo a ensinar-lhes coisas do currículo e eles não as aprendem? Afinal o que é que se está a passar? São eles que não aprendem ou somos nós que temos de aprender a ver que algo está mal em educação…? Como nos atrevemos a duvidar de seres que já nos provaram do que são capazes e atribuir cotações e convencer os nossos próprios filhos de que não conseguem e tem de estudar mais? Quem tem de se esforçar mais e estudar mais, eles ou nós que criámos isto? Quem tem de ter apoio para aprender a incentivar, a querer saber, a querer aprender? Quem se atreve a ver isto e a dizer que algo está errado? É melhor tirarmos os óculos, devemos estar a ver um pouco aumentado demais, talvez? Eles têm de saber que são bons a muitas coisas mas que têm de melhorar a outras e não tem de chorar por causa de uma nota de dois? O que é que este dois quer dizer quando ninguém se entende com isto dos currículos e dos programas e outras coisas que tais?… Devíamos olhar para a Finlândia? Não sabemos, talvez e isto dos “grades”?… Seria um exemplo a seguir? Prazos para aprender? Quem é que inventou isso? Para quê? (Acho que todos sabemos a resposta!)

“…Since each brain’s developmental timetable is different, we must also disabuse ourselves of the notion that children can be made to learn on a set schedule….”(Alvin Toffler) And, finally, we…“…It would be a mistake to assume that the present day educational system is unchanging….”

“…Based on our own experience with the NCTM curriculum reform effort of the past 25 years, we know that changing school programs and classroom practices is not easy. Change such as this gets the attention of many people outside of schools including parents, community leaders, and politicians. As Woodrow Wilson once noted, “It is easier to change the location of a cemetery, than to change the school curriculum.”… Barbara Reys https://www.pinterest.com/pin/325807354266006835/

…Talvez… em educação não devam existir prazos e raramente existam certos e errados, existem coisas diferentes e estratégias diferentes… e mais não seria de esperar dados os intervenientes neste sistema: seres humanos, únicos e diferentes. Não são seres passíveis de serem “standardizados” em coisas destas e no entanto incrivelmente são-no. Também sabemos que nos surgem cada vez mais dúvidas e mais questões e talvez não saibamos nada e não devêssemos ler tanto, mas não conseguimos. Não queremos cruzar os braços e faremos o que pudermos pelo futuro dos nossos filhos/alunos… pois a educação não é uma questão de programas e professores e alunos, é uma questão que diz respeito a todos os membros da sociedade em que vivemos e da qual depende um futuro que ninguém sabe qual será. Não podemos simplesmente afirmar que algo não está bem e depois não sugerir nenhuma forma de melhorar, em especial no que toca à educação que parece ser um assunto de que todos percebem muito e falam muito (é que a falar todos fazemos muitas coisas, já sabemos).
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“The main argument is that any curriculum always represents a certain way of understanding the past while also promoting a particular vision of the future. To use pragmatist philosopher William James’s metaphor, the curriculum is a “saddleback with both a rearward-looking and a forward-looking trajectory. It expresses simultaneously a legacy from the past and aspirations and anxieties about the future.
 The John D. and Catherine T. MacArthur Foundation Reports on Digital Media and Learning, published by the MIT Press in col-laboration with the Monterey Institute for Technology and Education (MITE)
Por tudo isto e muito mais, parabéns à equipa que elaborou estas metas e programas! Atreveram-se a mudar! A fazer alguma coisa!
 Agora só “precisamos” de mais um tempo para consolidar “matérias” e “formar-nos nestas “coisas”!…

….encaminham-se no sentido “possível” de uma globalização da “matemática” neste caso e do ensino em geral. Vão no caminho do futuro. Continuem!…

A questão é… Como elaborar um programa e as “metas respetivas” (neste caso) ultrapassando o factor tempo e o factor mudança? Como elaborar um documento que ainda mal acabou de ser formulado já
mudou? Indiscutivelmente terá de conter um espaço para a mudança, um espaço para ser reformulado e não “criticado”. Dou mais uma vez os parabéns à equipa por tomarem a iniciativa de realizaremum inquérito que permite essa mesma reformulação. Se por um lado as diretivas podem ser necessárias também podem ser flexibilizadas…