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17-02-2015 14:32

Como rever para o teste e como ajudar os alunos com dificuldades (para o teste e não só)? Como ter boas notas no teste já que isso é o que interessa a todos (pelos vistos)?

Afinal o teste é o que menos devia interessar, o importante é a forma como os alunos aprendem e ajudá-los a descobrir as “falhas” e como superá-las!... (sem nunca desistir…) O que leva tempo e nem sempre é tão linear a tempo do teste e de provar que “progrediram” a tempo do teste e com o tempo que temos para “dar” e “aprender” o programa e as metas que temos…

 

“…É habitual fornecermos aos alunos “testes treino” antes do teste para determinarmos as áreas onde os alunos têm mais dificuldades, mas sentarmo-nos com os alunos e verificarmos os itens que errou no teste não é “apoio” nem reforço. Explicar ao aluno porque errou a questão não irá ajudá-lo a ganhar uma compreensão adicional da competência em “falta”. Se um aluno falhou uma questão sobre frações, temos de descobrir aquilo que ele sabe ou não sabe sobre frações… Qual é a melhor maneira de fazer isso? Falando com ele sobre o assunto. Dar ao aluno um problema semelhante e fazê-lo falar durante o processo em que o resolve. Ficaremos imediatamente a saber quando se desvia do caminho da compreensão e poderemos intervir corrigindo-o e guiando-o em direção aos passos mais corretos, encaminhando-o para uma outra forma de pensar. Devemos estar preparados e ter à mão uma série de problemas/questões do mesmo género que o aluno trabalhará em primeiro lugar com o nosso apoio (através de questões que lhe colocamos e não dizendo-lhe) e gradualmente, conseguirá fazê-los depois, sozinho…” Donna Boucher in Math Coach’s Corner

 

Esta é uma das principais razões porque defendemos a necessidade “imprescindível” de um apoio individualizado aos alunos e quando falamos em apoio individualizado, é mesmo um apoio só para um aluno de cada vez e de forma a que ele possa sentir que é único e que lhe dão atenção e que aquele tempo é mesmo só dele. Cremos que 20 minutos de apoio individualizado deste género com um aluno são muito mais compensadores do que 60 minutos de apoio com vários alunos e simultaneamente. (Também sabemos que o fator tempo está mais uma vez “contra nós”, o que não quer dizer que não o recuperemos pois será mais proveitoso desta forma). Falamos baseando-nos na nossa própria experiência e também em alguns artigos/livros que lemos sobre educação, mesmo sabendo que em educação tudo é subjetivo e passível de ser interpretado das mais diversas formas. Em educação existem seres e coisas diferentes, raramente existem certos ou errados e isso é o que torna tão fácil e tão difícil educar e aprender e ensinar…(O que sugerimos é simplesmente que a redistribuição dos horários de “apoio” aos alunos seja “revista” de acordo com esta “sugestão” e na medida do possível, tentar fazer o impossível dentro do possível…)

No entanto, se trabalharmos desta forma, usando materiais concretizáveis e partindo sempre do concreto para o representacional e finalmente para o abstrato estaremos no caminho certo para ajudar muitos alunos que precisam de mais tempo e de tempo para serem ouvidos e ajudados a querer aprender e a querer saber ( o problema é o tempo!). Mesmo sabendo que não existem receitas e fórmulas de sucesso em educação, acreditamos que cada aluno precisa de tempo para ser aluno e para ser ele próprio e isso basta para que muitas vezes se dê uma transformação na maneira de pensar de certos alunos e encaminhá-los no sentido de “querer aprender”, saber porque é importante aprender e para quê… Encontrar ou ir de encontro aos seus interesses… fazê-los querer… (se isso for de todo possível!...) o que por vezes só conseguimos ao “encontrão”!...

“…Ficaremos imediatamente a saber quando se desvia do caminho da compreensão e poderemos intervir corrigindo-o e guiando-o em direção aos passos mais corretos, encaminhando-o para uma outra forma de pensar…”

Salientamos a importância de um trabalho apurado ao nível dos “preconceitos” ou ideias pré-concebidas em educação (na sua maioria equívocos). Estas são essenciais e nunca devem ser menosprezadas, acima de tudo devem ser identificadas e “trabalhadas” de forma a encaminhar cada aluno na direção mais adequada do pensar e repensar sobre aquilo que pensa que é, e afinal não é bem assim. Mais uma vez isto leva o seu tempo e sabemos que é o que a todos falta. “Como cumprir metas, no prazo certo e a tempo e horas quando todos vêem que tempo é o que nos falta? (O que não quer dizer que os problemas em educação sejam apenas uma questão de tempo ou até talvez sejam?...)

 

Então vamos ao que interessa a todos: COMO TER BOAS NOTAS NOS TESTES E COMO PASSAR DE ANO SEM “NEGAS”?...

NÃO, AINDA NÃO É ISTO?!...

 

COMO AJUDAR OS ALUNOS A RECONHECER QUE SÃO CAPAZES E QUE VÃO CONSEGUIR (PASSAR NO TESTE…) APESAR DAS SUAS DIFICULDADES (COMO ULTRAPASSÁ-LAS OU SIMPLESMENTE CONTORNÁ-LAS – dependendo do tempo que nos resta para tal…)?...

TALVEZ SEJA ISTO!... Talvez?!...

 

OU…COMO CONVENCER OS ALUNOS QUE APRENDER NÃO É SÓ PARA O TESTE, É PELA VIDA FORA E QUE NUNCA PODERÃO DEIXAR DE O FAZER! QUE APRENDER NÃO É UMA “SECA” EMBORA AS AULAS POSSAM SÊ-LO E QUE TERÃO DE SE HABITUAR A QUERÊ-LO PORQUE VIVER É O MAIOR TESTE QUE TERÃO DE APRENDER E ISSO NÃO VEM NO TESTE?

 

Como convencer cada aluno que possui “pontos fortes” e “pontos fracos” e que isso é natural em todos os seres humanos? Como aplicar isto às questões matemáticas e a outras no ensino/educação/ aprendizagem em geral (apesar destas serem coisas distintas e que no fundo pouco têm a ver umas com as outras)? Como usar os “pontos fortes” para superar os “fracos”?... (Como por em destaque os “pontos fortes” da “matemática” de cada aluno sem o convencer de que “não é bom a matemática”, mas precisa simplesmente precisa de trabalhar algumas áreas? Afinal o que é ser bom a matemática? (deve ser responder certo a todas as perguntas do teste?)? E se o teste não tiver respostas certas ou erradas, mas respostas diferentes?... E se a “correção do teste” feita por cada aluno valesse mais que a cotação?... ( bem também não é isto que as metas querem?! Vamos tentar parar e ir ao que interessa!) O que é ser um bom matemático?... – assim está melhor, talvez!...

 

Esta não é uma tarefa fácil! E não duvidamos que os alunos precisam de aprender a reconhecer os seus “pontos fortes” e os seus “pontos fracos” tanto como matemáticos como seres humanos. Eles sabem-no e muitas vezes nem o reconhecem porque: quem é quer admitir que é “fraco” a isto ou àquilo? Mais uma vez como fazemos isto? Donna Boucher no seu blogue Math Corner’s Coach apresenta-nos algumas dicas úteis para esta questão dos testes…

Mais uma vez teremos de conversar, já que é a conversar que nos entendemos…

 

Por exemplo, este é um exemplo de conversa que Donna teve com um aluno que apoiava na subtração com empréstimo:

“ Eu reparei que um dos teus “pontos fortes” na matemática é que sabes muito bem os factos da tabuada de subtrair! Sabias que 15 menos 8 eram 7 e não tiveste de te esforçar muito para o saberes. É um “ponto forte” muito bom! E reparei também que tinhas algumas dificuldades quando o problema apresentava zeros Também deste por isso ?(Acena com a cabeça). Quando pensaste melhor sobre isso, conseguiste relembrar o que tinhas de fazer, mas foi mais difícil para ti do que o outro problema de subtrair, não foi? Se essa é uma fraqueza que tens como matemático, o que pensas que deves fazer quando te aparece um problema destes? Ir mais devagar. Concerteza! É uma grande ideia. Ter a consciência de que o problema é um problema para ti e que precisas de abrandar e ir mais devagar vai ajudar-te a conseguir resolvê-lo melhor. E se o verificasses com a adição? Seria uma boa ideia também? Sim eu penso que seria bom, também. Ótimo! Obrigado pelo esforço que fizeste hoje!”

 

E aqui vai mais um exemplo de uma conversa também de Donna mas, agora com um aluno que trabalhava a multiplicação com dois dígitos:

 

Trabalhaste os problemas de multiplicar comigo e acho que conseguiste! Sabes exatamente o que fazer, como reagrupar – TUDO! Mas erraste três dos cinco problemas. (parecendo chocada). Sim, estes três (apontando para eles) estão errados. Vamos lá olhar com atenção para o primeiro. Faz lá como fizeste: 8 vezes seis é igual a (longa pausa para pensar)… Oh! É 48, não 52. Claro! 8 x 6 = 48. Sabes bem a tabuada? Não muito bem. Era o que estava a pensar! Parece que erraste os outros dois problemas por causa das tabuadas também. Em primeiro lugar eu sugiro que pratiques as tabuadas, porque se souberes as tabuadas tudo em matemática se torna mais fácil. Mas, vamos falar de algumas estratégias que podes usar no teste. Se não tiveres a certeza de uma tabuada, deves pôr-te a adivinhar? Não. Claro! Vou mostrar-te algumas estratégias que podes usar quando não tiveres bem a certeza de um facto da tabuada… Seria uma pena se errasses um problema de multiplicar por causa da tabuada, quando consegues fazer o trabalho matemático mais difícil todo? Claro (sorriso maroto)! És espetacular! Obrigado pelo teu trabalho comigo hoje!...”

 

“…“ As suas atitudes contam! Mete isto nas vossas cabeças!”

Pensar em nós como um espelho, porque a nossa atitude reflete-se diretamente nos nossos alunos. Manter conversas positivas e para “cima”. Sorrir! Dar a entender aos alunos que pensamos que estes testes são emocionantes porque são a oportunidade de poderem brilhar. Gosto de os comparar a uma super taça – claro que os jogadores sentirão borboletas nos seus estômagos quando pisarem o campo, mas a sua emoção mais forte será a emoção, não o medo. Relembrando-lhes que todos têm “pontos fortes” como matemáticos e “pontos fracos” e que aprenderam estratégias para os conseguirem ultrapassar…” Donna Boucher in Math Coach’s Corner

 

Estratégias para “quando não me lembro da tabuada”!...

 

                                                  Jogo do galo                 Tabela em T

 

 

E muitas mais! Continua a ler ou verifica o teu caderno! E diverte-te a ser um matemático a sério!

  

06-02-2015 20:54
O que são as metas e para que servem afinal? 
 

 
As metas foram pensadas para porem todos a pensar!
 
Pensar!?... Isso também se aprende? A resposta é sim! É para isso que servem as metas, para porem os alunos (e os outros…) a aprender a pensar. E apesar da inevitabilidade da expressão: “No meu tempo isto não era nada assim!”), as metas foram criadas por uma equipa de técnicos de educação que investigou sobre a melhor forma de pôr os alunos a pensar, quer dizer, a desenvolver o seu pensamento crítico. “Os alunos são obrigados a analisar mais, a discutir mais, a avaliar mais, a justificar mais e a explicar o seu raciocínio e a sua compreensão de uma forma mais aprofundada, em especial ao nível da sua expressão escrita e oral.” como refere Jen Jones no seu blogue Hello Literacy.
Porquê o pensamento crítico e para que é que isso serve?
Os nossos filhos e alunos não precisam de “empinar” informação como no “nosso tempo”, hoje qualquer computador o faz melhor do que qualquer ser humano. Eles não conseguem competir com a máquina. Eles precisam de saber recolher, selecionar e analisar, interpretar e reorganizar ou mesmo alterar essa informação de uma forma crítica e criar a partir daí, aquilo de que precisam! Pensar também é criar! O pensamento crítico também pode e deve ser criativo!
Os nossos filhos e alunos devem aprender a pensar e a aceitar que o modelo de resposta única e certa, que nos era exigido a nós pelo sistema educativo, já era (“No meu tempo não era nada disto!”). Devem aprender a aprender e a aprender a desaprender! Não existe uma única resposta certa, mas existem muitas perguntas e muitas respostas. É a perguntar que eles devem aprender! A questionar tudo e a perceber que não faz mal ter uma resposta errada. É mais importante aprender a pôr perguntas para chegar à resposta que queremos ou talvez não! Isto é,  PENSAR! Pensar dá trabalho, vamos trabalhar!...

 

 
 
 
As metas foram pensadas para integrar a aprendizagem de todas as disciplinas numa única disciplina: Pensar!…(tudo tem a ver com tudo)

 

 
 
 
A Matemática também está na Língua Portuguesa e vice-versa e as Ciências (o chamado Estudo do Meio) está na Matemática e na Língua Portuguesa e por aí adiante)!... Os nossos alunos e filhos devem passar mais tempo a investigar e a analisar, do que a ouvir informação que lhes é dada oralmente por alguém e que muitas vezes nem faz sentido para eles. A verdade é que os problemas da vida real nunca irão ser tão lineares e “fáceis” de resolver como os do teste de matemática. Mas as soluções aparecem quando trabalhamos com os outros e para os outros. Tudo tem a ver com tudo, na vida e na matemática e… tudo leva e tem o seu tempo!
“Devemos focar-nos mais na eficiência de um aluno do que na velocidade da sua resposta. Devemos valorizar a capacidade do aluno pensar estrategicamente para resolver um problema sem ser “confundido” com uma série de passos desnecessários durante esse processo. A exatidão vai muito além da obtenção de uma simples resposta correta. Considera o significado da operação, o registo de um trabalho cuidadoso e o perguntar a si próprio se a solução faz sentido….” Linda M. Gojack, presidente do National Council of Teachers of Mathematics que nos apresenta uma ideia que se deve aplicar a todas as outras áreas/disciplinas. Já agora, quem é que inventou as disciplinas?...
 

As metas foram pensadas para porem todos a pensar e a saber mostrar como o fazem!
As metas põem todos a pensar e exigem provas e evidências desse pensar! Explicar como pensam e provar porque o fazem! Saber porque sabem e para que sabem o que sabem! Ou até saber porque não sabem e o que querem saber e como fazer para o saber! Os “novos testes” centram-se nesta ideia: mostrar e provar o que sabem (ou não) e não apenas em mostrar que sabem. Pensar, mais uma vez!...
Uma pergunta - E as metas, será que servem para fazer os alunos querer aprender?...  Essa é talvez a principal meta das metas e inerente a todas elas!… Como mostrar a um aluno que a posse do conhecimento e do pensar é algo só dele e do qual não deve prescindir? É uma forma de poder que pode e deve partilhar com todos os outros! Será que os nossos alunos e filhos sabem disto? E como dar-lhes isso a conhecer?...
Uma coisa é certa no tempo deles isto não vai ser nada assim!... Mas PENSAR e saber pensar, será que vai continuar a ser assim?
“Os analfabetos do futuro não serão aqueles que não sabem ler mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender.” Alvin Toffler em “O choque do futuro”
Como ajudar o meu filho/filha… com as metas?
Pergunte porquê quando o seu filho lhe diz que quer ou não quer algo.
Use a palavra PORQUE depois da palavra “Não” ou “Hoje não”.
Encoraje as perguntas e explore as respostas (em especial perguntas cujas respostas sejam sim ou não).
Explique e discuta com ele, os problemas lá de casa e da comunidade e as soluções encontradas.
Procurem “padrões”.
Diga ao seu filho aquilo que valoriza e porquê.
Encoraje-o a manifestar as suas opiniões e a saber defendê-las…
 
 
 
"...Num futuro, não muito distante, haverá poucos empregos para pessoas altamente educadas e bem preparadas. Não haverá chances para todo mundo. A qualidade do ensino é precária no mundo inteiro e isso terá graves consequências. Em especial, a educação científica é deplorável. Em quase todo o mundo os professores ainda são mal remunerados e a qualidade do ensino de ciências é muito deficiente. Para mim, este é um dos piores problemas que enfrentamos atualmente, causador de muitas desgraças. No início deste século, o escritor H.G. Wells dizia que "o futuro será uma corrida entre a educação e a catástrofe". No momento, acho que estamos perdendo a corrida..."
Carl Sagan
 
 
 
 
"...Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não conseguem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender..." Alvin Toffler
 
 
 
 
 
06-02-2015 20:49

“NO MEU TEMPO ISTO NÃO ERA NADA ASSIM!…”

“NO MEU TEMPO ISTO NÃO ERA NADA ASSIM!…”
Uma questão de currículo, uma transição nada fácil a partir da expressão mais em voga: “No meu tempo isto não era nada assim!” até à expressão ainda em questão: “No meu tempo, isto não vai ser nada assim!”… Existe um currículo que consiga dar resposta a estas duas questões sem criar “gaps” e antagonismos sociais quase geradores de crimes de “faca e alguidar” como tem vindo a ser habitual entre diferentes gerações na sociedade humana? Ou será que isto é apenas aquele fenómeno que vulgarmente dá pelo nome de progresso ou vida (ao qual muitos chamam nomes tal como “andar para trás”, só porque no tempo deles isto não era nada assim, “e não era mesmo”)? Talvez apenas uma questão nada simples: Quem ensina quem? Quem aprende com quem? Uma questão de “poder” do conhecimento ou outro…! Quem se atreve a admitir que tem dificuldade em viver neste tempo pois já não era nada assim no seu tempo? Quem se atreve a admitir que “aprende” muita coisa com os jovens deste tempo e apesar dos apesares? Quem se atreve a admitir que a maioria dos jovens e crianças sabe mais de “tecnologias” e outras coisas do que os seus pais e avós e…? Como se passa de uma sociedade onde o poder está nas mãos de pessoas que “conhecem” menos do futuro do que “aqueles mais novos” que estão agora nas escolas? Quem precisa de ajuda de quem para viver este presente/futuro? Quem está mais assustado com todas estas mudanças: quem nunca teve poder e (agora o tem sem saber) ou quem sempre esteve no poder e agora tem de o partilhar? Será que educação é uma questão de poder? Qual o currículo que responde a questões como esta? Ou será que em educação precisamos de mais perguntas e não de respostas? Ou precisamos de partilhar cada vez mais conhecimentos e informação e… todos com todos? Todos precisamos de aprender e todos temos de ensinar? Quem é o professor e quem são os alunos? Onde está a identidade de cada um destes seres da sociedade? Será que apenas tememos uma “perda de identidade”? Quem somos nós agora? O que é que nos torna “nós”? Os estatutos sociais estão a mudar? Quem quer mudar de estatuto social? Quem quer mudar de sociedade? Que futuro é este que ameaça desta forma o “poder” do estatuto social? Quem permite que isto aconteça? O currículo nunca irá mudar assim, porque o “poder” não deixa? Ou será que teremos de passar a viver numa sociedade “partilhada”? Um “poder” partilhado, cada um terá de tomar responsabilidade pelas decisões que toma e não poderá fazer “greves nem manifestações” a não ser que seja contra si próprio, contra as suas próprias decisões? Será que isto resolvia este e outros “problemas” da atual sociedade em que vivemos? Que revolução é esta que se está a iniciar sorrateiramente sem quase darmos por ela? Será o tal “choque” a que Alvin Toffler se referia? Mas não lhe chamaríamos “choque do futuro” porque está agora mesmo aqui, no presente! Já é o “choque do presente com o passado que se quer tornar futuro” – mas não consegue, não deixam. Mas porque é que nós vivemos no século 21, não seria melhor voltar atrás e viver no século 20? Esta é a questão que se coloca com a expressão “No meu tempo isto não era nada assim!”. E não adianta querer isso, nada vai ser como antes, com ou sem currículos destes ou doutros. A “revolução”, a “onda” está em marcha, nada a poderá deter, não é com a proibição ao acesso de tecnologias nas escolas que lá chegaremos. Se não queremos que a “onda” nos leve teremos de aprender a “surfá-la”! Mas rápido, talvez já seja tarde demais para isso! Incluir no currículo, um currículo para toda a vida… a escola não vai ser aprender e fazer o teste, receber o diploma e já está. Não sei se haverá diploma para isto, diploma para a mudança! Os alunos de hoje precisam de um diploma para isso ou somos nós que temos de ir tirar um diploma sobre isso? Como é que isso se faz? Quem de nós sabe como funciona um smartphone, quer dizer como se faz e como se programa e etc? Não adianta dizer, não compro isso ao meu filho, nesta escola são proibidos telemóveis, só estamos a adiar o inevitável! Criar um currículo que use essas coisas e nos ensine a todos a usá-las e a aprender a aprender a usar coisas dessas e doutras que estão sempre a mudar! Talvez! Talvez apenas esteja a acontecer com o currículo o que está acontecer com os programas do “Windows” ou outros… Esta semana sai o Windows 8 e para a semana já sai o Windows 9 e por aí fora? Como “resolver” currículos destes? Como criar um currículo que “ninguém” deixa mudar porque no seu tempo não era nada assim? Como fazer um currículo que não “ameace” o poder vigente? Como conseguir um currículo que prepare para o futuro, quando se recusa a sair do passado? O que é que no currículo se terá de manter e o que terá de mudar sem “ameaçar” ninguém (quer dizer neste momento e com este currículo quem está ameaçado são os alunos e o nosso futuro…somos todos”)? Como fazer um currículo que se adapte à mudança, que mude com o tempo (à velocidade da luz) naquilo que é necessário mudar e ao qual todos tomem como natural essa mudança? Como ensinar a mudar sem “revolucionar”? Será isso possível? Ou será que não é necessário currículo nenhum, será que necessitamos de um novo sistema? Como? Qual? Em que moldes (ou sem moldes)? Tudo isto é natural, é a vida, é a mudança ou somos nós que estamos a complicar e tudo pode ficar como estava e está o caso resolvido?… Ideias precisam-se? Ajuda precisa-se? De todos e para todos! Como é que os jovens e crianças se “adaptam” tão bem a estas novas “mudanças” e tecnologias e aprendem-nas sem serem ensinados e como é que nós professores e pais passamos o tempo a ensinar-lhes coisas do currículo e eles não as aprendem? Afinal o que é que se está a passar? São eles que não aprendem ou somos nós que temos de aprender a ver que algo está mal em educação…? Como nos atrevemos a duvidar de seres que já nos provaram do que são capazes e atribuir cotações e convencer os nossos próprios filhos de que não conseguem e tem de estudar mais? Quem tem de se esforçar mais e estudar mais, eles ou nós que criámos isto? Quem tem de ter apoio para aprender a incentivar, a querer saber, a querer aprender? Quem se atreve a ver isto e a dizer que algo está errado? É melhor tirarmos os óculos, devemos estar a ver um pouco aumentado demais, talvez? Eles têm de saber que são bons a muitas coisas mas que têm de melhorar a outras e não tem de chorar por causa de uma nota de dois? O que é que este dois quer dizer quando ninguém se entende com isto dos currículos e dos programas e outras coisas que tais?… Devíamos olhar para a Finlândia? Não sabemos, talvez e isto dos “grades”?… Seria um exemplo a seguir? Prazos para aprender? Quem é que inventou isso? Para quê? (Acho que todos sabemos a resposta!)

“…Since each brain’s developmental timetable is different, we must also disabuse ourselves of the notion that children can be made to learn on a set schedule….”(Alvin Toffler) And, finally, we…“…It would be a mistake to assume that the present day educational system is unchanging….”

“…Based on our own experience with the NCTM curriculum reform effort of the past 25 years, we know that changing school programs and classroom practices is not easy. Change such as this gets the attention of many people outside of schools including parents, community leaders, and politicians. As Woodrow Wilson once noted, “It is easier to change the location of a cemetery, than to change the school curriculum.”… Barbara Reys https://www.pinterest.com/pin/325807354266006835/

…Talvez… em educação não devam existir prazos e raramente existam certos e errados, existem coisas diferentes e estratégias diferentes… e mais não seria de esperar dados os intervenientes neste sistema: seres humanos, únicos e diferentes. Não são seres passíveis de serem “standardizados” em coisas destas e no entanto incrivelmente são-no. Também sabemos que nos surgem cada vez mais dúvidas e mais questões e talvez não saibamos nada e não devêssemos ler tanto, mas não conseguimos. Não queremos cruzar os braços e faremos o que pudermos pelo futuro dos nossos filhos/alunos… pois a educação não é uma questão de programas e professores e alunos, é uma questão que diz respeito a todos os membros da sociedade em que vivemos e da qual depende um futuro que ninguém sabe qual será. Não podemos simplesmente afirmar que algo não está bem e depois não sugerir nenhuma forma de melhorar, em especial no que toca à educação que parece ser um assunto de que todos percebem muito e falam muito (é que a falar todos fazemos muitas coisas, já sabemos).
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“The main argument is that any curriculum always represents a certain way of understanding the past while also promoting a particular vision of the future. To use pragmatist philosopher William James’s metaphor, the curriculum is a “saddleback with both a rearward-looking and a forward-looking trajectory. It expresses simultaneously a legacy from the past and aspirations and anxieties about the future.
 The John D. and Catherine T. MacArthur Foundation Reports on Digital Media and Learning, published by the MIT Press in col-laboration with the Monterey Institute for Technology and Education (MITE)
Por tudo isto e muito mais, parabéns à equipa que elaborou estas metas e programas! Atreveram-se a mudar! A fazer alguma coisa!
 Agora só “precisamos” de mais um tempo para consolidar “matérias” e “formar-nos nestas “coisas”!…

….encaminham-se no sentido “possível” de uma globalização da “matemática” neste caso e do ensino em geral. Vão no caminho do futuro. Continuem!…

A questão é… Como elaborar um programa e as “metas respetivas” (neste caso) ultrapassando o factor tempo e o factor mudança? Como elaborar um documento que ainda mal acabou de ser formulado já
mudou? Indiscutivelmente terá de conter um espaço para a mudança, um espaço para ser reformulado e não “criticado”. Dou mais uma vez os parabéns à equipa por tomarem a iniciativa de realizaremum inquérito que permite essa mesma reformulação. Se por um lado as diretivas podem ser necessárias também podem ser flexibilizadas…

08-03-2014 15:15

O nosso novo blogue foi lançado hoje. Fique atento ao blogue para estar a par das novidades. Pode ler os novos posts via Feed RSS.

08-03-2014 15:13

Um blogue imaginado a pensar em miúdos como tu, que se fartam de perguntar coisas por tudo e por nada:
Mas porque é que tenho de saber isto?
Para que é que isto serve?
Quem é que se lembrou de inventar a escola?
As notas são para quê?
O que são as metas? Para que é que servem? Porque é que eu as leio e fico na mesma?
Vamos ver se conseguimos não responder a estas questões e a outras que tens a mania de andar sempre a fazer. Aqui quem vai dar as respostas és tu. Nós damos-te umas pistazitas. É que as perguntas são muito mais “fixes” que as respostas e também porque as perguntas sem resposta são mais, quer dizer talvez mais giras, mais “nice”, mais como tu. Quer dizer, são como qualquer miúdo que quer saber tudo da vida e de tudo o que houver para saber e aprender…
Este blogue não vai ser a”seca” do costume (ou talvez vá). A tradução és tu que a vais ter de fazer. E mais uma pergunta… Sabes falar “metamarquês”? (No próximo “post logo vês.)

NOTA de esclarecimento - A palavra "seca" quer dizer "aborrecimento ou chatice...".

                                          A palavra "fixe" quer dizer "bestial, porreiro..."

                                         Para a palavra META nem penses em usar o dicionário... (Se não resistires, vês logo porquê!...)

 

 

imagem retirada de Humorama